
BIMCO: 2018 poderá ser ano de melhorias transversais no ‘shipping’ internacional
Marítimo 8 Janeiro, 2018 Comentários fechados em BIMCO: 2018 poderá ser ano de melhorias transversais no ‘shipping’ internacional 477A BIMCO fez uma previsão positiva para o ano de 2018 no contexto do sector marítimo. Ainda assim, os agentes da indústria deverão abordar o novo ano com as devidas cautelas, já que os cenários de desequilíbrio não são apenas uma ameaça enterrada no passado.
China: o inquestionável motor da procura global
Na visão de Peter Sand, analista-chefe da BIMCO, 2018 será um ano de incrementos para o transporte marítimo de mercadorias, com os segmentos dos contentores e dos granéis a navegarem mares de bonança, experimentando contínuas melhorias; o segmento do transporte de combustíveis poderá sentir um impulso positivo, contrariando um 2017 mais estagnado.
Como ónus do global crescimento da procura está a poderosa economia chinesa, que continuará a liderar o fomento do comercial internacional e os volumes transportados. «Ao introduzir a componente robótica no seu gigantesco sector manufactureiro, a China visa manter-se como o maior exportador de bens contentorizados do mundo», disse Peter Sand, numa comunicação divulgada pela associação internacional.
Granéis sólidos poderão quebrar sina de prejuízos que subsiste desde 2011
O ano de 2018 poderá, segundo o analista, quebrar com sucessivos registos negativos no segmento dos granéis sólidos – desde 2011 que o segmento não cruza a linha da rentabilidade. «Está, sobretudo, nas mãos dos armadores, à medida que a frota cresça cerca de 1%», comentou. Como as expectativas da BIMCO quanto ao crescimento da procura para 2018 são ligeiramente mais altas que isso, melhorias fundamentais acontecerão se o ‘slow steaming‘ (baixa velocidade) for mantido», acrescentou, explicando que tal prática tem sido essencial para que se mantenha o lado da oferta sob controlo.
Corte de custos e slow steaming deverão ser orientações a manter no segmento contentorizado
Ao abordar o segmento dos contentores, Peter Sand sublinhou que a necessidade de manter um carácter rentável é primordial; o ano de 2017 foi de «reactivação», com o excesso de capacidade a ser atacado. «O nível nominal de crescimento da frota para a indústria de transporte de contentores nos próximos anos será de 4%, o que deixa pouca margem para melhorias fundamentais do saldo do mercado. Por isso, os ganhos deverão vir do permanente corte de custos e de uma continuada aposta no ‘slow steaming‘, para manter os custos com o combustível controlados», explicou.