O dossier tem sido acompanhado a par e passo pela Revista Cargo, e, hoje, às 17 horas, a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) realizará uma sessão de esclarecimentos para clarificar o tema e responder às dúvidas que possam subsistir sobre o projecto de ‘Melhoria das Acessibilidades Marítimas do Porto de Setúbal’.

A sessão de esclarecimentos ocorrerá esta tarde no Auditório do Edifício Sede da APSS, e terá como objectivo «esclarecer a opinião pública, apresentando o projecto que consiste no aprofundamento do Canal da Barra em 2,20 metros e do Canal Norte, junto à cidade, em 1,70 metros», veiculou a administração.

APSS lembra que trabalhos demorarão menos de 4 meses

A sessão de esclarecimento chega na sequência de críticas lançadas por associações ambientais (como a SOS SADO), que encaram o projecto como prejudicial para o ecossistema do estuário. Lídia Sequeira, presidente do Conselho de Administração da APSS, tem-se desdobrado em esclarecimentos sobre a inocuidade do projecto e sobre a urgência de incrementar significativamente a segurança marítima do porto.

Através de um comunicado, a APSS lembrou que os trabalhos «decorrerão em menos de 4 meses» e «serão levados a cabo por uma única draga com dispositivos mitigadores de ruído, sendo que os 3,5 milhões de m3 de areia dragados serão depositados no sistema estuarino, e todos os trabalhos monitorizados e acompanhados por equipas de especialistas, nomeadamente do comportamento dos golfinhos roazes existentes no Sado».

Melhoria das acessibilidades marítimas é urgente para aumentar a «segurança de toda a navegação»

Frisou ainda a APSS, reforçando a mensagem já explicitada por Lídia Sequeira, que o projecto pretende aumentar a «segurança de toda a navegação, permitir o acesso de navios ambientalmente mais eficientes, captar novos investimentos, aumentar a competitividade das empresas da região e irá permitir a criação de 3.000 postos de trabalho directos e cerca de 10.000 indirectos até 2040».