
Carlos Vasconcelos (Medway): «A ferrovia pode ser bastante mais competitiva do que é hoje»
Terrestre 30 Abril, 2021 Comentários fechados em Carlos Vasconcelos (Medway): «A ferrovia pode ser bastante mais competitiva do que é hoje» 810Intervindo durante a mesa redonda ‘O que o caminho-de-ferro pode oferecer ao país?‘, que fez parte da sessão de apresentação do Plano Ferroviário Nacional, ocorrida no passado dia 19 de Abril, Carlos Vasconcelos, administradora da transportadora ferroviária Medway, elencou os requisitos principais que farão toda a diferença no aumento da competitividade da ferrovia portuguesa, no contexto das mercadorias.
Ferrovia pode almejar atingir o «dobro da quota de mercado»
«A ferrovia pode ser bastante mais competitiva do que é hoje, e, para isso, é preciso resolver problemas que já estão mais do que identificados. No fundo, o que precisamos? Comboios de 750 metros, da electrificação da rede e com o ERTMS, possibilidade de cruzamento de comboios e eliminação das pendentes», enumerou Carlos Vasconcelos, reforçando uma mensagem que vem repetindo consistentemente nas suas recentes intervenções.
Satisfeitos todos estes requisitos, explicou o administrador da transportadora ferroviária de mercadorias, a ferrovia portuguesa poderá dar o salto, tornando-se mais competitiva e com maior quota de mercado. «Tenhamos estas condições reunidas conseguiremos tornar a ferrovia bastante competitiva, e diria mesmo que, a curto prazo, poderíamos almejar atingir o dobro da quota de mercado que a ferrovia tem nas mercadorias», vincou.
Plano Ferroviário: Carlos Vasconcelos apela a «consenso nacional»
Carlos Vasconcelos frisou também que é imperativo atingir-se um consenso nacional que sustente um Plano Ferroviário Nacional duradouro e impermeável à mudança dos ciclos políticos e governativos. «Qualquer plano ferroviário nacional só assim se deve chamar, de facto, se conseguir reunir o maior e mais amplo consenso nacional, político e ao nível de todos os stakeholders da ferrovia. Caso contrário, daqui a alguns anos teremos divisões e mais divisões, e, para quem investe e quer, de facto, desenvolver a ferrovia, não há condições perante mudanças sistemáticas», disse.