
Contentores desceram -5,3% até Abril; Leixões e Setúbal com volumes recorde de TEU
Marítimo15 Junho, 2020Comentários fechados em Contentores desceram -5,3% até Abril; Leixões e Setúbal com volumes recorde de TEU406Entre Janeiro e Abril, o segmento dos Contentores registou uma quebra significativa de -5,3% face a igual período de 2019, a que correspondem -51,1 mil TEU, anunciou a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT). Destaque, neste contexto de carga, para os desempenhos dos portos de Leixões e Setúbal, que registaram ambos «o valor mais elevado de sempre nos períodos homólogos, com 245 804 e 52 112 TEU».
Contentores: Leixões e Setúbal em destaque pela positiva
«Leixões e Setúbal registam aumentos no volume de TEU movimentado de +6,9% e de +4,2%, respectivamente, sendo de enfatizar o facto de ambos registarem o valor mais elevado de sempre nos períodos homólogos, com 245 804 e 52 112 TEU», detalha a AMT. A entidade realça, pela negativa, o desempenho do Porto de Lisboa, que «regista a diminuição mais expressiva ao perder -53,7 mil TEU, o equivalente a -36,9%, face ao período homólogo de 2019», aos quais não serão alheios problemas sócio-laborais persistentes. «Sines recua -2,7% e Figueira da Foz -11%», frisou a AMT.
Importa sublinhar, tendo em mente o peso que o segmento contentorizado do Porto de Sines detém no panorama nacional, que o tráfego de transhipment registou uma descida de -8,6%, sendo que o tráfego com o hinterland sentiu um aumento de +11,4% para um total de 172 050 TEU, constituindo «o valor mais elevado de sempre neste segmento», salienta a AMT. Isoladamente, o tráfego de transhipment registado em Sines no mês de Abril reflectiu um acréscimo de +45,7% face ao mês homólogo de 2019 e de +11,6% face à média mensal dos últimos doze meses.
«Acresce referir que tráfego de contentores, com especial atenção para o transhipment, não parece reflectir, no período em análise, o impacto negativo induzido pela pandemia, uma vez que as variações negativas se verificam maioritariamente no porto de Lisboa, e decorrem, em grande parte, pelas perturbações laborais que ali existem», explica ainda a AMT na sua análise do quadrimestre. Sines, como seria de esperar, continua a deter a maioria absoluta neste segmento, com uma quota de 56,5%. Segue-se Leixões com 27% e Lisboa a fechar o pódio, com 10,1%.