
COVID-19 infectou Shipping contentorizado, mas o pior ainda está para vir, alerta a CMA CGM
Marítimo 14 Abril, 2020 Comentários fechados em COVID-19 infectou Shipping contentorizado, mas o pior ainda está para vir, alerta a CMA CGM 2153O transporte marítimo de mercadorias, e, em especial, o segmento contentorizado, está a ser fortemente infectado e afectado pelo COVID-19, mas, como alertou Rodolphe Saadé, CEO da operadora marítima francesa CMA CGM, o pior ainda está para vir: o mês de Maio trará ainda maiores repercussões ao Shipping contentorizado, com uma estimada queda de 30% nos volumes transaccionados globalmente.
Em entrevista concedida ao reputado jornal francês ‘Le Figaro’,o problema que o mês de Maio trará não advirá da China, onde as fábricas já estão totalmente operacionais (o país já começa a recuperar a normalidade após o período de quarentena forçada e restrições operacionais), mas em clientes dos continentes europeu e americano, regiões que adentram, agora, nos picos da pandemia.
COVID-19: Maio vai ser mês negro para o Shipping, avisa Saadé
Rodolphe Saadé estima que Maio será o pior mês para o transporte marítimo mundial – o CEO da transportadora marítima de contentores adianta que as taxas de utilização dos navios permanecerão em alto nível até o final do presente mês de Abril. No entanto, a situação ficará muito tensa já no mês de Maio, quando se espera uma queda de 30% no transporte marítimo mundial.
No caso da companhia de navegação francesa, entre 10 e 15 dos 500 navios que fazem parte da frota poderão acabar por ficar em estado de inactividade durante Maio. Rodolphe Saadé estima que os volumes transportados apenas começaram a demonstrar sinais de recuperação no decorrer do terceiro trimestre de 2020, abrindo-se, neste vindouro contexto, a perspectiva de uma nova dinâmica mais equilibrada no mercado.
Na opinião do CEO da operadora marítima francesa, uma das maiores do mundo, esta crise pandémica provocada pelo COVID-19 poderá, no final de contas, acabar por ser um catalisador para o comércio intra-regional, embora a potência mundial China continue a ser um mercado muito competitivo para certos sectores e produtos.