
Falência da TAP «seria perda irreparável para a economia portuguesa», vincou a tutela
Aéreo, Empresas23 Fevereiro, 2021Comentários fechados em Falência da TAP «seria perda irreparável para a economia portuguesa», vincou a tutela109Através de um comunicado, emitido no passado dia 20 de Fevereiro, o Ministro das Infra-estruturas e da Habitação abordou o dossier TAP e as negociações com os sindicatos. No documento, realça-se que a empresa «atravessa um momento de grande dificuldade» exponenciado pela crise pandémica e que a «falência da companhia seria uma perda irreparável para a economia portuguesa».
Já de si deficitária, a TAP capitulou com a chegada da pandemia, constata a tutela no comunicado – o auxílio prestado pelo Governo português evitou, segundo o ministério, um mal maior que teria repercussões transversais, quer na economia, quer na conectividade do país. «A pandemia que atingiu com violência todo o mundo e todas as actividades económicas teve um impacto particularmente intenso no sector de aviação e em todas as companhias aéreas mundiais. Acresce que a TAP era, antes da pandemia, uma empresa com um elevadíssimo nível de endividamento e um conjunto de ineficiências que a colocavam em desvantagem competitiva em relação a alguns dos seus mais directos concorrentes», pode ler-se.
«Nenhum país europeu deixou a sua companhia de bandeira ir à falência»
Para a tutela, a intervenção estatal foi vital, lembrando que «nenhum país europeu deixou a sua companhia de bandeira ir à falência»: «Sem intervenção pública a TAP não sobreviveria. A falência da companhia seria uma perda irreparável para a economia portuguesa do ponto de vista das ligações aéreas de Portugal ao mundo, das compras a outras empresas portuguesas e das exportações».
«Num país periférico no quadro europeu, mas central na ligação aos continentes americano e africano, uma companhia aérea de bandeira é fundamental. Mas também a recuperação económica que todos ambicionamos, e o sector do turismo, em particular, dependem de uma companhia aérea como a TAP pronta a suportar essa recuperação», vincou o Ministério das Infra-estruturas e da Habitação, liderado por Pedro Nuno Santos.
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