
GASNAM: 17% do gás utilizado na mobilidade europeia é de origem renovável
Terrestre, Veículos 18 Maio, 2020 , by Bruno Falcão Cardoso Comentários fechados em GASNAM: 17% do gás utilizado na mobilidade europeia é de origem renovável 431Incontornável: «A utilização de gás renovável como combustível já é uma realidade na Europa», vinca, em comunicado, a GASNAM, apoiando-se nos dados agora revelados pela NGVA Europe. De 4.120 estações de serviço GNC e GNL actualmente a funcionar na Europa, mais de 25% fornecem biometano aos consumidores. Tal equivale a uma média de 17% de todo o gás utilizado como combustível nos transportes (2,4bcm/23,4TWh).
«O efeito que isso tem na redução das emissões de CO2 é extremamente positivo: a redução das emissões de CO2 proporcionada por 17% do gás renovável misturado com gás natural convencional e utilizado como combustível nos veículos é entre 30% e 38% mais baixo do que numa utilização de gasolina ou gasóleo», explica a associação, lembrando que as infra-estruturas e veículos de GNL e GNL são compatíveis como gás renovável.
Isto quer dizer que o gás natural fornecido nos sistemas e utilizados nos veículos actuais pode ser completamente substituído por gás renovável sem qualquer modificação ou investimento adicional. «No sector dos transportes pesados, o GNL está a registar um rápido crescimento, e hoje representa uma verdadeira alternativa ao gasóleo. Em 2019, a matriculação de veículos novos a GNL duplicaram face a 2018, e hoje são mais de 10.000 os camiões a GNL nas estradas europeias», denota a associação ibérica, que se bate pela apologia das potencialidades do gás natural na mobilidade.
Embora se admita que a produção de GNL biológico esteja numa «fase inicial», é já uma «realidade cada vez mais presente e em que os países do Norte da Europa estão na vanguarda», denota a GASNAM, dando o exemplo da Noruega, onde o bioGNL é produzido a partir de uma fábrica que trata 100 toneladas, diariamente, de resíduos das indústrias de pesca e tem a capacidade de abastecer uma frota local de 300 camiões a GNL.
Itália é outro dos ‘laboratórios’ da experiência, com resultados positivos: actualmente existem mais de 20 projectos para novas centrais de GNL biológico que poderão apoiar localmente a procura local de GNL como combustível também nas ilhas. «Noutros países, como a França, a Espanha e a Alemanha, o BioGNL para os transportes está a ganhar força», vinca a associação. «O biometano já tem a tecnologia disponível e um sector pronto a utilizá-lo extensivamente, de forma a aumentar a sua penetração no mercado» – tal será vital para a descarbonização dos transportes, defende.