
Groundforce diz ser «incompreensível» morosidade aval do empréstimo pedido em 2020
Empresas4 Março, 2021Comentários fechados em Groundforce diz ser «incompreensível» morosidade aval do empréstimo pedido em 2020206Em comunicado, ao qual tivemos acesso, a empresa Groundforce vincou ser «incompreensível», em face da sua «situação de enorme fragilidade de tesouraria», a morosidade demonstrada na luz verde necessária para o empréstimo bancário pedido em Julho do ano passado.
Groundforce critica impasse face à atribuição do aval
A empresa de handling enfrenta as repercussões da pandemia e os efeitos colaterais do atraso das entidades públicas na resposta ao pedido de aval para um empréstimo bancário. «Este atraso teve como consequência a incapacidade da empresa de saldar os pagamentos dos salários de Fevereiro de 2021 dos seus 2.398 trabalhadores. A queda abrupta da aviação comercial, em particular da operação da TAP (principal cliente da Groundforce e seu accionista de referência) nos aeroportos portugueses, é a única causa deste constrangimento e o motivo do apoio solicitado», vinca o comunicado.
A empresa salienta que não pede dinheiro ao Estado, tão somente «um aval uma vez que a nossa actividade assenta em licenças atribuídas pelo próprio Estado». A Groundforce lembra que trabalha, «desde a primeira hora» com «todos os meios ao nosso dispor, com a tutela e a Administração da TAP, para que fosse encontrada uma solução para que a empresa conseguisse honrar os seus compromissos». Por tal, considera «incompreensível que, tanto tempo decorrido, o aval não tenha sido ainda concedido». Este impasse afigura-se falta para o futuro da empresa.
Contraproposta «proporcional» ainda não teve resposta
«Para proceder ao pagamento dos salários de Fevereiro, a Groundforce solicitou o adiantamento do pagamento, em parte ou no todo, das facturas emitidas à TAP pelos serviços prestados em Dezembro 2020 e Janeiro 2021 e que totalizam 6 milhões de euros. A resposta que recebemos é para nós incompreensível, e temos razões fundamentadas para acreditar também ilegal: a entrega como garantia do penhor das acções de um accionista (Pasogal) a outro accionista (TAP)», explicou a empresa, vincando que pretende «encontrar uma solução».
«Fizemos uma contraproposta, aceitável e proporcional, por forma a dar conforto à TAP em relação aos adiantamentos realizados à Groundforce, que consiste em ceder como garantia a totalidade dos nossos equipamentos de suporte à operação aeroportuária. Esta proposta não teve, ainda, o acolhimento esperado e necessário por parte da Administração da TAP.Acreditamos na retoma da actividade da aviação comercial, e do restabelecimento das operações da TAP, tal como está previsto no Plano de Recuperação da companhia apresentado em Bruxelas», pode ler-se.
Assim, a empresa faz um «apelo de diálogo a todos os envolvidos», com o intuito de colocar «rapidamente pôr termo a este clima de incerteza» – para tal, revelou ter feito um pedido urgente de audiência ao Ministro das Infra-estruturas e aos Grupos Parlamentares na Assembleia da República.