
iContainers: Indústria do transporte marítimo está «mal preparada» para ciberataques
Marítimo4 Julho, 2017, by Bruno Falcão CardosoComentários fechados em iContainers: Indústria do transporte marítimo está «mal preparada» para ciberataques487A iContainers alertou, na sequência do ataque informático que abalou a Maersk, para a deficiente preparação da indústria do transporte marítimo de mercadorias na área da segurança digital e informática – para a plataforma, o recente flagelo que perturbou a estabilidade da cadeia logística global demonstra a fragilidade das empresas face a potenciais golpes informáticos.
«Depois de muitos anos de baixos rendimentos e perdas significativas, algumas empresas não foram tão diligentes em matéria de segurança como deveriam ter sido», comentou Klaus Lysdal, vice-presidente de Vendas e Operações na iContainers, que relembrou ainda que a Maersk «está à beira de perder uma grande quantidade de dinheiro devido ao recente ataque». Para Klaus Lysdal, o ciberataque levará as empresas a elevarem os seus padrões de segurança.
iContainers encara consequências do Petya como «chamada de atenção»
O ‘ransomware’ que abanou a dinamarquesa líder de mercado limitou tremendamente a gestão de reservas e operações relacionadas com as mercadorias dos navios, numa catadupa de efeitos nefastos que atrasaram e baralharam a cadeia logística global. Ora, dois dias depois do ataque, enquanto a Maersk se debatia para voltar à normalidade, os transitários continuavam a trabalhar para despachar os contentores. O sistema de reservas da Maersk e o rastreio de contentores saíram afectados, mas o golpe do vírus Petya virou global, congestionando cerca de 80 portos onde a filial APM Terminals marca presença.
«Apesar da importância e do valor das actividades da indústria do transporte marítimo, a verdade é que esta está mal preparada para lidar com um ataque desta natureza. Haveríamos de pensar que a Maersk seria a transportadora com maior nível de protecção…», comentou Klaus Lysdal, mostrando surpresa para vulnerabilidade da líder de mercado. «Para a indústria, este ataque funcionará como uma chamada de atenção. Com coberturas mundiais e mais funcionalidades e serviços online, as companhias expõem-se cada vez mais a novos ataques», rematou.