
Investimento nos ENM para «competir» no mercado da construção e reparação naval
Empresas, Marítimo 24 Agosto, 2021 Comentários fechados em Investimento nos ENM para «competir» no mercado da construção e reparação naval 293A Região Administração Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA), em Timor-Leste, investirá 11,8 milhões de euros na recapitalização dos Estaleiros Navais do Mondego (ENM), na Figueira da Foz. À Lusa, Bruno Costa, gerente único da empresa Atlantic Eagle (que detém 5% dos ENM), explicou que o investimento visa «capitalizar para se poder competir no mercado» da construção e reparação naval.
Intenção passa por um «investimento de longo prazo»
O investimento de 11,8 milhões de euros na capitalização da empresa detentora dos ENM «não é um investimento só para acabar o ferry e os pontões», frisou Bruno Costa à Lusa. «Esta ideia de investimento é capitalizar para se poder competir no mercado [da construção e reparação naval]. Timor não vem só buscar o ferry que está ali parado. Num primeiro momento sim, será acabar o ferry e os pontões, mas a ideia principal é uma perspectiva de investimento de longo prazo, para podermos competir no mercado nacional e internacional e sermos competitivos», descreveu.
Bruno Costa explicou que o processo de recapitalização dos Estaleiros Navais do Mondego (ENM) «se prevê imediato» e que o investimento de Timor-Leste nos estaleiros ambiciona igualmente «permitir uma formação de timorenses e transferência de conhecimento e tecnologia». «A recapitalização terá de ser imediata, porque o estaleiro terá de arrancar o mais rápido possível, sem dúvida nas próximas semanas», disse.
«Começar a trabalhar» já no imediato
Esta celeridade prende-se com o imperativo de «começar a trabalhar» já no imediato. «E, obviamente, não só acabar as construções [o ferry e os pontões], mas começar a trabalhar noutras possibilidades de encomendas que já existem e em reparações», justificou Bruno Costa. Com a aposta desta quantia nos Estaleiros Navais do Mondego (ENM), detidos pela AtlanticEagle Shipbuilding, esta empresa passa a ter dois sócios: a sociedade de desenvolvimento criada pela RAEOA, com 95% do capital e Bruno Costa, gerente único da Atlantic Eagle, com 5%.
Fonte: Lusa