
Pedro Nuno Santos: «Não há nada num comboio que a nossa indústria não consiga fazer»
Terrestre 25 Novembro, 2020 Comentários fechados em Pedro Nuno Santos: «Não há nada num comboio que a nossa indústria não consiga fazer» 231Durante o debate ‘A hora da Engenharia’, realizado no contexto das Comemorações do Dia Nacional do Engenheiro 2020, promovidas pela Ordem dos Engenheiros, Pedro Nuno Santos, Ministro das Infra-estruturas e da Habitação, abordou o novo ciclo de investimentos nacionais previstos no Plano Nacional de Investimentos 2030 (PNI 2030), frisando que «o país vai precisar muito dos engenheiros» e vincando a fé na indústria lusa.
«O país vai precisar muito dos engenheiros», declarou Pedro Nuno Santos
«No novo ciclo de investimentos, com o PNI 2030 e o PRR, o país vai precisar muito dos engenheiros», comentou Pedro Nuno Santos, lembrando que o Estado «tem de injectar trabalho e dinheiro na economia», ainda para mais durante os anos de aperto e contracção que se seguem, no pós-COVID. O país precisa de «investimentos estruturantes»: a Ferrovia e a Habitação pública «são as prioridades», garantiu o governante.
Lembrando que «o sector ferroviário envolve várias especialidades de Engenharia», o ministro salientou que «o projecto e construção de uma linha de caminho-de-ferro envolve especialidade de Engenharia Civil (via, pontes, túneis…), de Engenharia Mecânica (aparelhos de via), de Engenharia Electrotécnica (catenária, fornecimento de energia), de Engenharia de Telecomunicações (sinalização, comunicações solo-comboio)».
Isto é também realidade no que toca ao projecto de material circulante: «Engenharia Mecânica e Metalúrgica (caixas e bogies), Engenharia Electrotécnica (cadeia de tracção), além dos outros sistemas de electrónica, climatização, informação ao passageiro, etc», enumerou Pedro Nuno Santos, constatando a sua crença nas capacidades da indústria portuguesa: «Não tenho dúvidas que a nossa indústria consiga responder ao repto. Não há nada num comboio que a nossa indústria não consiga fazer já hoje. Se conseguirmos incorporação nacional no fabrico dos comboios, é conseguir que essa empresa um dia possa estar a fornecer a outras. O objectivo é conseguir produzir cá dentro e não estarmos a impulsionar a indústria dos outros. E nesse dia podemos pagar melhor aos portugueses», rematou o Ministro das Infra-estruturas e da Habitação.
Foto: Pedro Nuno Santos Facebook